Ou a Justiça age agora, ou assume que no Brasil existem dois Brasis: o da maioria esmagada por dívidas e o da elite política blindada pela impunidade
Por Fátima Miranda
Brasília — O Coaf revelou: Jair Bolsonaro movimentou R$ 30,5 milhões em apenas 15 meses. Enquanto isso, sua tropa de seguidores segue gritando contra corrupção, liberdade e “defesa da pátria”. Hipocrisia pouca é bobagem. Mais revoltante ainda é lembrar que esses mesmos bolsonaristas vibraram quando Donald Trump impôs sanções contra o Brasil, celebrando a humilhação nacional como se fosse ato de heroísmo.
Que espécie de patriotismo é esse que aplaude um estrangeiro punindo o próprio país? Que amor à pátria é esse que prefere ajoelhar diante de Trump do que defender a soberania nacional?
O mestre e o discípulo
Trump, o guru que ensinou Bolsonaro a transformar mentira em método, agora é inspiração para um movimento que celebra a destruição do próprio quintal. Enquanto o norte-americano sempre defendeu apenas os interesses dos EUA, Bolsonaro e seus seguidores bateram continência, como bons vassalos, mesmo que isso significasse ver o Brasil sangrar.
O resultado é óbvio: o povo brasileiro empobrece, perde mercados, enfrenta inflação e carestia — enquanto Bolsonaro movimenta milhões e posa de vítima perseguida.
Dois pesos, duas medidas
Se um trabalhador brasileiro movimentasse R$ 30 milhões em pouco mais de um ano, já estaria atrás das grades. Mas Bolsonaro, blindado por um séquito de apoiadores histéricos e cúmplices, é tratado como “perseguido político”.
Esses mesmos que falam em moral, família e pátria não se incomodam em ver seu líder cercado de investigações, escândalos e cifras obscenas. Para eles, vale tudo, desde que o mito esteja protegido.
O verdadeiro inimigo do Brasil
Trump não é amigo do Brasil. Bolsonaro não é defensor da pátria. E o bolsonarismo não é movimento patriótico. São, sim, a fábrica da submissão e da mentira, dispostos a entregar o país em troca de um projeto de poder medíocre.
O Brasil precisa enxergar: aplaudir sanções estrangeiras contra si mesmo é traição. Blindar um ex-presidente milionário enquanto o povo mal consegue pagar o arroz é covardia. Fingir que corrupção só existe nos adversários é canalhice.
O recado é simples: Trump defende os EUA. Bolsonaro defende a si mesmo. E os bolsonaristas? Defendem a humilhação do Brasil.
Quer que eu formate esse texto em estilo de artigo de opinião de jornal (com título provocativo, subtítulo e assinatura), para dar ainda mais força editorial?
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