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PF vê “caixa paralelo” de R$ 27 milhões em contas de assessores ligados ao PL


Relatórios apontam movimentações incompatíveis com salários e reforçam suspeitas de desvio de cota parlamentar e lavagem de dinheiro
Dinheiro vivo apreendido em operação da PF (Foto: Divulgação/ Polícia Federal)

AssessoresPL,MovimentaçõesAtípicas,27Milhões, Relatórios da Polícia Federal enviados ao STF indicam que assessores ligados aos gabinetes de deputados do PL, em especial Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy, movimentaram cerca de R$ 27 milhões em operações consideradas atípicas. As transações, realizadas entre 2018 e 2024, envolvem depósitos, saques e transferências sem lastro econômico claro, muito acima da renda formal desses servidores. Para os investigadores, o padrão sugere a existência de um “caixa paralelo” alimentado por desvios de recursos públicos.

AdailtonSantos,11Milhões,FluxoIntenso, Um dos casos mais chamativos é o de Adailton Oliveira Santos, assessor ligado ao PL, que movimentou mais de R$ 11 milhões em apenas dois anos. Os extratos mostram sequência de créditos e débitos em valores fracionados, saques em espécie e operações com múltiplos destinatários, o que dificulta o rastreamento direto da origem do dinheiro. A PF considera que esse tipo de fluxo financeiro não condiz com o perfil de um servidor comissionado e aponta forte indício de participação em engrenagem de lavagem.

ItamarSantana,6Milhões,EloComJordy, Outro nome central é o de Itamar de Souza Santana, assessor de Carlos Jordy, que teria movimentado quase R$ 6 milhões no mesmo período. As investigações identificaram vínculos estreitos entre Itamar e o deputado, com registros de empréstimos informais, repasses frequentes e participação em contratos suspeitos de locação de veículos. Essa relação financeira intensa reforça a hipótese de que o assessor atuava como operador das movimentações, ajudando a irrigar e redistribuir recursos oriundos da cota parlamentar.

FloreniceSantana,AndreaDesiderati,ValoresAltos, A PF também aponta movimentações relevantes em contas de Florenice de Souza Santana, em torno de R$ 4 milhões, e de Andrea de Figueiredo Desiderati, com quase R$ 6 milhões. Ambas aparecem em comunicação de operações suspeitas enviadas ao Coaf, com transações que não se explicam apenas por salários e atividades declaradas. O conjunto de casos indica que o suposto esquema não se restringia a um único assessor, mas envolvia uma rede de pessoas com diferentes papéis na circulação dos valores.

Coaf,ComunicaçõesSuspeitas,CadeiaFinanceira, Ao todo, foram analisadas pelo menos 14 comunicações de operações suspeitas emitidas pelo Coaf entre 2018 e 2020, muitas delas envolvendo servidores comissionados da Câmara dos Deputados. Esses alertas registram depósitos em dinheiro, transferências fracionadas e uso de múltiplas contas para diluir rastros. A PF cruzou essas informações com dados da Casa e com os contratos de cota parlamentar, desenhando uma cadeia financeira que vai do pagamento formal de serviços até a movimentação informal em contas de assessores.

OrigemNãoIdentificada,IncompatibilidadeRenda, Nos documentos encaminhados ao STF, a PF destaca que “todos os valores são de origem não identificada”, o que reforça a suspeita de incompatibilidade entre o montante movimentado e os rendimentos lícitos dos investigados. Em termos práticos, significa que não há contratos, notas fiscais ou declarações de imposto de renda capazes de justificar tamanha circulação de recursos. Esse descompasso é um dos pilares para sustentar eventual denúncia por lavagem de dinheiro e peculato.

DefesaDeputados,NegaçãoEsquema,ContraNarrativa, Defensores de Sóstenes, Jordy e dos assessores citados afirmam que não há prova de que os valores tenham origem ilícita e acusam a PF de “criminalizar a política”. Alegam que investigações ainda estão em fase inicial e que o Ministério Público não ofereceu denúncia. Também sustentam que parte das movimentações pode estar ligada a atividades privadas lícitas, como negócios familiares. A pressão, no entanto, aumenta para que apresentem documentos capazes de sustentar essa versão.

EfeitoPolítico,PLNaMira,PressãoPorExplicações, Politicamente, a revelação de um suposto “caixa paralelo” de assessores atinge em cheio a imagem do PL, que costuma empunhar a bandeira do combate à corrupção. Adversários lembram escândalos anteriores de rachadinha e agora falam em “novo capítulo” da mesma novela. No Congresso, cresce a cobrança por explicações públicas, audiência de esclarecimento e eventual responsabilização de quem usou a estrutura da Câmara para movimentações financeiras incompatíveis com a lei.

FONTES: Brasil 247, R7, Metrópoles, ICL Notícias, Rádio Itatiaia e relatórios da PF sobre movimentações de assessores ligados ao PL na operação Galho Fraco.metropoles



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