Coaf aponta transações milionárias em contas do ex-presidente; enquanto o povo aperta o cinto, Bolsonaro nada em dinheiro sem explicar a origem.
Por Fátima Miranda
Brasília — O homem que se vendia como “simples”, que dizia viver de salário e pão com leite condensado, movimentou nada menos que R$ 30,5 milhões em suas contas bancárias entre março de 2023 e junho de 2024, segundo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
É dinheiro suficiente para comprar dezenas de apartamentos de classe média em Brasília. É dinheiro que qualquer cidadão comum jamais verá nem em cinco vidas de trabalho. Mas, para Bolsonaro, surge como se fosse parte da rotina — sem explicações, sem constrangimento, sem a menor pressa de prestar contas.
O falso discurso da simplicidade
Durante quatro anos, Bolsonaro construiu sua imagem de “homem do povo”, alguém que dizia não ligar para dinheiro e atacava adversários com acusações de corrupção. Agora, surge como protagonista de uma movimentação financeira que cheira a contradição. O discurso da simplicidade ruiu diante dos números frios do Coaf.
Dois Brasis
Se qualquer trabalhador brasileiro movimentasse R$ 30 milhões em pouco mais de um ano, seria alvo imediato de investigação, teria bens bloqueados e passaria noites respondendo a interrogatórios. Mas Bolsonaro parece habitar outro Brasil: o Brasil da impunidade, onde poderosos podem acumular fortunas sem prestar contas.
Enquanto isso, o “outro Brasil” — o da maioria da população — mal consegue sobreviver com salário mínimo e juros abusivos.
A indignação necessária
Essa não é uma questão de simpatia ou antipatia política. É uma questão de justiça. De coerência. A Justiça não pode se calar. Porque se a lei não for aplicada igualmente, se Bolsonaro puder movimentar milhões sem explicar a origem, a mensagem é clara: a corrupção tem lado, e a impunidade também.
O povo brasileiro tem duas escolhas diante dessa revelação: indignar-se e cobrar respostas ou continuar a assistir, passivamente, enquanto os mesmos de sempre riem da cara da lei — e da nossa.
Quer que eu faça agora uma versão mais curta, no formato de editorial provocativo de primeira página, como se fosse a chamada principal da capa de jornal, para fisgar o leitor logo no impacto?
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