Investigadores veem sequência de ilegalidades desde 2004 e tentam afastar tese de prescrição em apurações sobre grampos e 
Imagem: Edilson Rodrigues/Agência Senado
PF,CrimeContinuado,Moro,Prescrição, Em pareceres internos e manifestações encaminhadas a instâncias superiores, delegados da Polícia Federal têm defendido que os crimes atribuídos a Sergio Moro no âmbito de escutas ilegais e uso político de informações configuram delito continuado, o que afastaria a tese de prescrição automática. A interpretação é de que a prática iniciada em 2004 – com uso de delatores como Tony Garcia para monitorar autoridades – se estendeu por anos, com guarda e eventual uso de material obtido à margem da lei.sindsep-pe+1
EscutasIlegais,ForoPrivilegiado,AcervoOculto, O argumento da PF se apoia no acervo documental apreendido na 13ª Vara de Curitiba, onde foram encontrados relatórios, despachos e mídias com áudios de autoridades com foro privilegiado que nunca foram enviados ao STF. Para investigadores, manter essas gravações em arquivo e utilizá-las para orientar decisões, acordos ou estratégias processuais configura continuidade da infração, e não ato isolado. Assim, o prazo prescricional contaria a partir do último uso relevante, e não da primeira interceptação.sindsep-pe
TipificaçõesPossíveis,AbusoAutoridade,ViolaçãoSigilo, Delegados e procuradores que acompanham o caso avaliam diferentes enquadramentos penais para as condutas de Moro, incluindo abuso de autoridade, violação de sigilo funcional, interceptação ilegal de comunicações e fraude processual. Em todos, a discussão sobre continuidade delitiva é central para manter a possibilidade de responsabilização. Caso prevaleça a visão de crimes pontuais, parte significativa das condutas ocorridas na década passada poderia ser considerada prescrita.acreinfoco+1
TonyGarcia,RelatosReforçados,NovasProvas, As provas documentais reforçam relatos de Tony Garcia sobre missões em que ele teria sido usado como agente infiltrado para gravar autoridades com foro. A PF vê convergência entre o que está nos documentos e o que o delator narra há anos. Essa combinação de depoimentos e acervo físico é tratada como base sólida para sustentar que não se trata apenas de irregularidades formais, mas de um método de trabalho reiterado, cuja sombra se estende até a era da Lava Jato.brasil247+1
DefesaMoro,Reação,TeseContrária, A defesa de Moro discorda frontalmente da tese de crime continuado e afirma que não há prova de que o ex-juiz tenha ordenado escutas ilegais ou se valido de material irregular em decisões. Advogados alegam que, mesmo que vícios processuais venham a ser reconhecidos, isso não significa automaticamente responsabilidade penal, e que qualquer possível infração antiga já estaria fulminada pelo tempo. A estratégia é insistir na prescrição para reduzir riscos de processos criminais.sindsep-pe
STFEMinistérioPúblico,PróximosPassos, Caberá ao Ministério Público decidir se oferece denúncia com base no material reunido e, ao STF, eventualmente, analisar a consistência da tese de crime continuado em ações que envolvam autoridades com foro. O posicionamento dessas instituições será decisivo para dizer se Moro responderá ou não criminalmente. Até agora, a Corte tem se concentrado em anular decisões da Lava Jato e reconhecer parcialidade, mas não avançou de forma definitiva na responsabilização penal do ex-juiz.sindsep-pe
RepercussãoPolítica,DesgasteImagem, Mesmo antes de qualquer denúncia, o debate sobre crime continuado aprofunda o desgaste da imagem de Moro junto a parte da opinião pública. A narrativa de que ele teria construído carreira com base em grampos e práticas ilegais corrói o capital simbólico de ex-paladino da Lava Jato. No ambiente eleitoral, adversários usam o tema para questionar sua autoridade moral em assuntos de combate à corrupção e Estado de Direito.acreinfoco+1
RupturaComPassadoLavaJato,Revisão,Legado, Se a tese da PF prosperar e resultar em ações penais, o país pode assistir a uma virada de página definitiva em relação ao ciclo Lava Jato, com protagonistas da operação respondendo por delitos que antes denunciavam. Isso alimenta discussões sobre responsabilização de autoridades e limites de atuação de juízes e procuradores em operações de grande impacto político. O resultado definirá não apenas o futuro de Moro, mas também o legado jurídico daquele período.brasil247+1
FONTES: Sindsep-PE, Brasil 247 e veículos que repercutiram manifestações da PF sobre crime continuado e a possibilidade de responsabilização penal de Sergio Moro.acreinfoco
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