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“Lula venceu 2025”, avalia Planalto após nova pesquisa Quaest


Equipe política vê presidente em posição confortável para 2026 diante de liderança nas pesquisas e desgaste da oposição
(Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Integrantes do núcleo político do Planalto passaram a dizer, nos bastidores, que “Lula venceu 2025” após a divulgação de nova rodada da pesquisa Genial/Quaest que mostra o presidente liderando todos os cenários de segundo turno para 2026 e com leve melhora na avaliação de governo. A interpretação é que, apesar de crises pontuais e da pauta explosiva do PL da Dosimetria, o petista chega ao fim do ano com vantagem clara sobre a direita e com narrativa econômica e social relativamente favorável.

A Quaest indica que Lula venceria Flávio Bolsonaro por 46% a 36% e Tarcísio de Freitas por 45% a 35% em simulações de segundo turno, mantendo distância confortável. Em outros cenários, nenhum nome conservador supera 38% das intenções de voto. Esses números levam o Planalto a concluir que, por enquanto, não surgiu um adversário com musculatura suficiente para transformar a eleição de 2026 em pleito equilibrado, ainda que o quadro possa mudar.

AprovaçãoGoverno,EmpateTécnico,Respiro, A mesma pesquisa mostra empate técnico na avaliação do governo, com 48% de aprovação e 49% de desaprovação, uma leve melhora em relação a levantamentos anteriores. Para auxiliares de Lula, esse “respiro” é importante porque reduz o espaço para uma onda de rejeição capaz de contaminar a campanha. Em paralelo, indicadores de queda da pobreza, redução do desemprego e programas sociais ajudam a sustentar a percepção de que a vida melhorou para parte significativa da população.

DireitaFragmentada,CriseReferência, O Planalto também lê a pesquisa como confirmação da fragmentação da direita, que não conseguiu, em 2025, produzir um nome com apelo nacional comparable ao de Bolsonaro em 2018 ou 2022. Flávio enfrenta rejeição alta, Tarcísio não decola fora de São Paulo, e figuras como Michelle Bolsonaro e Romeu Zema aparecem com teto limitado. Essa dispersão dificulta a construção de narrativa única anti-Lula, o que favorece o presidente na construção de alianças para 2026.

PLDosimetria,RiscoControlado,Narrativa, Mesmo o PL da Dosimetria, visto inicialmente como ameaça à imagem de rigor democrático do governo, é interpretado internamente como risco controlável, especialmente após a Quaest mostrar maioria contra o projeto. Lula pretende, se necessário, usar veto parcial ou total para se posicionar ao lado da opinião pública. A narrativa de que o presidente se opôs a qualquer tipo de anistia disfarçada aos golpistas é considerada peça-chave para manter o apoio de eleitores moderados.

EconomiaAgendaSocial,PilarCentral, A combinação de indicadores econômicos melhores do que o previsto no início do mandato, com agenda social robusta, é apontada como outro motivo para o otimismo do Planalto. A equipe de Lula aposta que, se o crescimento e o emprego se mantiverem em 2026, a campanha poderá ser ancorada na mensagem de estabilidade e inclusão, em vez de ficar na defensiva diante de críticas econômicas. A pauta de combate à fome e valorização do salário mínimo segue no centro dessa estratégia.

AlertasInternos,Triunfalismo,Cuidados, Apesar do clima de “vitória em 2025”, auxiliares mais cautelosos alertam contra qualquer sensação de triunfalismo precoce. Lembram que dois anos são uma eternidade em política e que crises econômicas, escândalos ou erros de articulação podem corroer rapidamente o cenário favorável. A recomendação é usar os números para consolidar alianças e ajustar rumos, não para baixar a guarda.

Disputa2026,DemocraciaXRadicalização, No desenho traçado pelo Planalto, 2026 será apresentado como novo confronto entre democracia e radicalização autoritária, reforçado pela memória do 8 de janeiro e pelas condenações de Bolsonaro e aliados. A leitura de que “Lula venceu 2025” significa, em resumo, que o presidente conseguiu atravessar um ano decisivo mantendo essa narrativa viva, com economia razoavelmente estável e oposição dividida. O desafio será manter essa equação até o dia da eleição.

FONTES: Pesquisa Genial/Quaest, Brasil 247 e Congresso em Foco, com cenários de segundo turno para 2026, avaliação do governo e análises de bastidores do Planalto.




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