Deputado PSOL expulso à força denuncia violência parlamentar inédita

Reprodução/Redes sociais

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O deputado Glauber Braga (PSOL‑RJ) registrou boletim de ocorrência após ser retirado à força da Mesa da Câmara por seguranças da Casa, durante sessão marcada por embate em torno de votações polêmicas. Imagens que circularam nas redes sociais mostram o parlamentar sendo contido e conduzido para fora do local após discutir com a presidência. O episódio acirrou o clima já tenso entre a direção da Câmara e partidos de oposição, que acusam uso desproporcional de força para conter divergências políticas.

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O PSOL classificou a ação como abuso de autoridade e violência institucional, anunciando que adotará todas as medidas cabíveis para responsabilizar os envolvidos. Em nota, o partido afirmou que a atitude representa tentativa de silenciar vozes dissonantes e restringir o debate parlamentar. Outras legendas de oposição manifestaram solidariedade a Braga, reforçando críticas à condução das sessões e ao que consideram endurecimento contra discursos críticos ao bloco majoritário.

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Além do boletim de ocorrência, Glauber informou que levará o caso à Procuradoria‑Geral da República, pedindo investigação sobre possível crime de abuso de autoridade. A estratégia busca elevar o episódio ao campo institucional, afastando‑o da mera disputa política interna. A PGR, se decidir abrir procedimento, poderá solicitar imagens, depoimentos de seguranças e esclarecimentos da própria presidência da Câmara, o que tende a prolongar o desgaste.

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A presidência da Câmara, por sua vez, justificou a ação dos seguranças com base em regras regimentais e em alegações de que a postura do deputado teria atrapalhado o andamento da sessão. Segundo a versão oficial, medidas foram tomadas para “restabelecer a ordem” após sucessivas advertências. Críticos, porém, argumentam que divergências políticas deveriam ser resolvidas pelo debate e pela palavra, não pela força física, e lembram que casos de tumulto no plenário foram historicamente tratados de forma menos dura.

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As imagens da retirada de Glauber rapidamente viralizaram em plataformas digitais, gerando manifestações de apoio e críticas à postura da direção da Câmara. Comentários destacaram o contraste entre a energia empregada para retirar um parlamentar e a lentidão em apurar casos de agressões verbais, discursos de ódio e quebra de decoro. A repercussão amplia o desgaste do Legislativo, já pressionado por índices de rejeição e polêmicas recentes.

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O episódio não é isolado: já há histórico de choques entre a presidência da Casa e parlamentares de oposição, especialmente em votações aceleradas ou em pautas de alto impacto social. Glauber Braga, em particular, é conhecido por discursos duros e por tentar obstruir projetos considerados prejudiciais a direitos sociais. Analistas apontam que o caso é sintoma de um ambiente institucional em que o espaço para dissenso vem sendo comprimido por estratégias de controle de agenda. ao direito e à defesa de garantias parlamentares acompanham o caso com preocupação. Para esses grupos, o uso de força física contra um deputado em exercício do mandato pode configurar ameaça à liberdade de atuação e ao pluralismo político, pilares da democracia representativa. Há expectativa de manifestações formais em defesa da liberdade de expressão e contra o uso desmedido de mecanismos de segurança interna para lidar com conflitos políticos.

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Politicamente, o episódio tende a intensificar a pressão sobre a presidência da Câmara, que já é alvo de críticas em outros temas, e a fortalecer a narrativa de setores que denunciam um “fechamento” do espaço democrático. Ao mesmo tempo, pode colocar em pauta a discussão sobre protocolos de segurança em plenário e sobre limites de atuação de seguranças em relação a parlamentares. O modo como a Casa responderá será determinante para a imagem institucional no médio prazo.

FONTE: Registros de ocorrência, notas oficiais de partidos e cobertura política sobre o episódio envolvendo Glauber Braga e a Mesa da Câmara.