Washington fala em missão de segurança regional, mas Caracas vê provocação e alerta para ameaça à soberania
(Foto: Reprodução/Marinha dos Estados Unidos)

Um navio de guerra dos Estados Unidos chegou neste domingo (26) ao porto de Port of Spain, capital de Trinidad e Tobago. A embarcação participa de uma missão conjunta com o governo trinitário voltada à segurança marítima e ao combate ao tráfico na região do Caribe.
Presença americana no Caribe
Segundo comunicado do Departamento de Estado, a missão tem caráter cooperativo e busca apoiar ações de vigilância costeira. No entanto, o movimento gerou forte reação da Venezuela, que acusou Trinidad e Tobago de servir “aos interesses de Washington”.
Reação do governo Maduro
Em nota oficial, o governo venezuelano afirmou que a presença militar americana perto de seu território é “uma provocação e uma violação do espírito de paz regional”. O Ministério das Relações Exteriores de Caracas declarou que o país “não aceitará ameaças externas”.
Nova aliança no Caribe
O governo trinitário, comandado por Denise Rodriguez, assinou recentemente um acordo de segurança com os EUA. O pacto prevê exercícios conjuntos e o compartilhamento de informações sobre atividades ilícitas em águas próximas à Venezuela.
Especialistas pedem cautela
Para analistas, o episódio reflete o aumento da influência dos EUA no Caribe e pode acirrar a disputa geopolítica na região. “É um recado de Washington de que continua atento à presença de países aliados da Rússia e da China”, avaliou o professor Eduardo Viola, da UnB.
Repercussão internacional
Países como Cuba e Nicarágua condenaram o movimento, e a OEA pediu moderação. Já o governo trinitário manteve o discurso de que a missão “é pacífica e de interesse mútuo”.
Fontes: Departamento de Estado dos EUA, Chancelaria da Venezuela, UnB, OEA.
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