Após reunião na Malásia, equipes dos dois países buscam destravar acordos sobre aço, etanol e produtos agrícolas
Lula se reúne com Trump na Malásia — Foto: Ricardo Stuckert/ Divulgação PR

Os governos do Brasil e dos Estados Unidos deram início nesta segunda-feira (27) a uma nova rodada de conversas econômicas para revisar tarifas e barreiras comerciais entre os dois países. O diálogo ocorre após o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente norte-americano Donald Trump, realizado neste domingo (26) em Kuala Lumpur, na Malásia.
Encontro sinaliza reaproximação
De acordo com o Itamaraty, a conversa entre Lula e Trump foi marcada por tom pragmático e buscou abrir espaço para uma agenda positiva. Ambos os líderes destacaram a importância de fortalecer as relações econômicas e reduzir os custos de exportação e importação.
Negociações sobre o tarifaço
As discussões envolvem o chamado “tarifaço”, um conjunto de impostos sobre aço, etanol, produtos agrícolas e itens industriais. Segundo fontes do Departamento de Estado dos EUA e do MDIC, o objetivo é encontrar soluções que beneficiem ambos os lados e impulsionem a recuperação econômica pós-pandemia.
Próximas etapas
A primeira reunião técnica ocorre em Washington, com participação de especialistas brasileiros e norte-americanos. Outras etapas estão previstas para novembro, em Brasília, quando poderão ser assinados memorandos sobre energia, tecnologia e inovação.
Clima político e perspectivas
Mesmo com visões políticas distintas, Lula e Trump afirmaram que o diálogo deve se manter “respeitoso e construtivo”. A Casa Branca e o Palácio do Planalto classificaram a retomada das conversas como “um passo importante” para o equilíbrio comercial entre os dois países.
Especialistas apontam benefícios
Economistas afirmam que um eventual acordo pode reduzir o preço de produtos importados e ampliar a competitividade da indústria nacional. “Essa aproximação é positiva e pode gerar ganhos para consumidores e produtores”, avaliou o economista Ricardo Balistiero, da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Fontes: Itamaraty, Departamento de Estado dos EUA, MDIC, Universidade Mackenzie.
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