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É Hora de Cobrar Justiça – A Necessidade de Responsabilização de Jair Bolsonaro e a Inviabilidade da Anistia

 


    Imagem: WEB


     Por Fátima Miranda


Brasília- À luz das recentes pesquisas que apontam que 55% da população considera a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro como justa, surge uma questão vital: estamos preparados para demandar uma justiça efetiva? A polarização das opiniões, com 39% enxergando essa medida como injusta, revela não apenas uma divisão política, mas um clamor coletivo pela responsabilização de aqueles que, em posições de poder, desafiaram os limites da legalidade.

A propagação de impunidade entre figuras proeminentes deve ser uma preocupação central para todos nós. O ex-presidente está sob acusações que vão desde a nefasta condução durante a pandemia até o ataque à democracia e às instituições. Cada um desses atos clama por um julgamento justo e por uma possível condenação. Mas a questão é: o que acontece se seus crimes não forem punidos? Estamos dispostos a aceitar um precedente que legitima a violação da lei por aqueles que ocupam ou ocuparam cargos de alta relevância?

A proposta de anistia para os atos cometidos por Bolsonaro é inviável e inaceitável. Em um momento em que a sociedade clama por justiça, sugerir a anistia seria um golpe mortal contra os princípios democráticos que regem o Brasil. Essa ideia ignora as injustiças cometidas e as feridas abertas que ainda precisam de reparação. A história recente do Brasil mostra que a impunidade alimenta um ciclo vicioso de corrupção e abusos de poder. Se crimes graves que ameaçam a democracia e a vida dos cidadãos forem ignorados, que mensagem isso passaria às futuras gerações?

A noção de que a anistia poderia promover a paz ou a "reconciliação nacional" compromete a legitimidade do sistema judicial, pois sugere que a justiça pode ser negociável. Como podemos aceitar um tratado que afirme que certos indivíduos estão acima da lei? A concessão de anistia apenas incentivaria futuros abusos, minando a soberania da justiça brasileira e instigando desconfiança em relação ao sistema judicial.

Além disso, a recente chamada de vídeo do ex-presidente, interpretada por 57% dos entrevistados como provocação ao ministro Alexandre de Moraes, acende uma nova reflexão: qual é o preço de uma democracia abalada? Essa provocação não apenas subestima a autoridade do Judiciário, mas deslegitima as instituições que são pilares da democracia. A desobediência de figuras políticas não pode ser tolerada, pois cada ação irresponsável deslegitima a autoridade do sistema que nos protege e garante nossos direitos.

Diante disso, levantamos outra pergunta crucial: como podemos garantir que a justiça não se deixe intimidar? O papel da sociedade civil será decisivo. Mobilizações, manifestações e o uso consciente das redes sociais são ferramentas que podem amplificar a voz da população, exigindo accountability e transparência. A sociedade não deve se calar diante da proposta de anistia. Em vez disso, devemos exigir que as ações de líderes políticos sejam examinadas de maneira rigorosa, garantindo que sejam responsabilizados por suas decisões.

A responsabilização de Jair Bolsonaro não é apenas uma questão de política; é uma exigência ética e moral. Para que possamos avançar como nação, precisamos enfrentar os erros do passado com transparência e justiça. A anistia não é o caminho; o caminho é a justiça. E ao fazermos isso, reafirmamos que, em nossa democracia, ninguém está acima da lei.

Portanto, a busca por verdade e responsabilização é fundamental para a construção de um futuro mais justo. É nosso dever como cidadãos proteger os valores democráticos e lutar para que todos, independentemente de sua posição ou influência, sejam tratados de forma igual perante a lei. Somente assim poderemos assegurar que a soberania da justiça prevaleça, reforçando a confiança nas instituições que sustentam nossa democracia. É hora de agir, e juntos podemos fazer a diferença.




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