Senador herda base do pai, mas se choca com fadiga de imagem do clã e dificuldade de dialogar com centro moderado

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

FlávioBolsonaro,RejeiçãoRecorde,Desgaste, Pesquisas recentes apontam que o senador Flávio Bolsonaro atravessa fase de rejeição recorde, mesmo entre eleitores que se identificam com a direita. Em cenários testados para 2026, ele aparece com intenções de voto relevantes, mas com rejeição tão alta que seu teto de crescimento se aproxima rapidamente. A combinação de processos, associação direta à trama golpista e desgaste do sobrenome Bolsonaro cria barreira significativa à expansão de sua base.

HerançaBolsonarista,BaseDura,Limites, Flávio herda parte da base leal ao pai, especialmente entre eleitores mais ideológicos e segmentos que seguem enxergando Jair Bolsonaro como vítima de perseguição. Essa base dura garante patamar inicial competitivo, mas se mostra insuficiente para garantir maioria nacional. Pesquisas qualitativas relatam que muitos eleitores de direita admitem votar em um “nome novo” que represente renovação, o que reduz o entusiasmo com a figura do senador.

CasosQuePesam,Rachadinhas,Investigações, A lembrança de escândalos como o caso das “rachadinhas” em seu antigo gabinete na Alerj e outras investigações ligadas ao entorno familiar continuam a pesar sobre a imagem de Flávio. Mesmo sem condenações definitivas em todas as frentes, a sucessão de denúncias alimenta percepção de que o clã está envolvido em práticas pouco republicanas. Em um eleitorado cansado de escândalos, essa bagagem cobra preço elevado.

VínculoComTramaGolpista,Narrativa, Embora Jair Bolsonaro seja o principal foco das condenações relacionadas à tentativa de golpe, Flávio é constantemente associado ao ambiente político que produziu e legitimou a escalada golpista. A narrativa de defesa incondicional do pai e de críticas duras ao STF reforça laços com a base mais radical, mas afasta setores que desejam virada de página. Pesquisas indicam que parte do eleitorado de direita quer se distanciar do fantasma do 8 de janeiro.

DificuldadeCentroModerado,Imagem, Entre eleitores de centro e conservadores moderados, Flávio encontra dificuldades para se firmar como opção viável. A imagem de radicalismo e de ligação orgânica com o bolsonarismo raiz contrasta com demandas desse segmento por estabilidade institucional, menor conflito com o Judiciário e foco em gestão econômica. Candidatos governadores com discurso mais técnico, como Tarcísio de Freitas e Romeu Zema, tendem a atrair melhor esse público.

ComparaçãoComLula,CenáriosSegundoTurno, Em simulações de segundo turno, Flávio perde para Lula com diferença de cerca de dez pontos percentuais, patamar que, embora reversível em tese, é considerado difícil de superar diante da rejeição atual. Enquanto o presidente consegue dialogar com diferentes segmentos, o senador encontra mais resistência fora do núcleo ideológico. Essa assimetria complica sua posição em uma eventual disputa direta.

EstratégiasBolsonarismo,OutrasCartas, Diante dos números, lideranças bolsonaristas avaliam opções alternativas para 2026, como lançar Michelle Bolsonaro, apostar em governadores aliados ou negociar composição com outros nomes da direita. Flávio tende a manter protagonismo no Senado e na narrativa de perseguição ao clã, mas sua viabilidade como cabeça de chapa nacional é objeto de dúvida crescente, inclusive entre aliados.

CenárioEmMovimento,TempoEReputação, A distância até 2026 deixa espaço para mudanças, mas também consolida impressões negativas se nada for feito para renovação de imagem. Escândalos adicionais, condenações ou falhas na condução de mandato podem ampliar a rejeição; por outro lado, desempenho legislativo consistente e eventual distanciamento de pautas mais extremas poderiam aliviar parte do desgaste. Por ora, o rótulo de rejeição recorde segue sendo o principal obstáculo no caminho de Flávio.

FONTES: Pesquisa Genial/Quaest e análises políticas em veículos nacionais sobre desempenho eleitoral e rejeição de Flávio Bolsonaro.brasil247+1