Presidentes dos EUA e do Brasil se reúnem na Malásia durante a cúpula da ASEAN para discutir relações comerciais e parcerias estratégicas
Foto: Mark Garten/ONU
O presidente norte-americano Donald Trump confirmou nesta sexta-feira (25) que terá um encontro oficial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a cúpula da ASEAN, realizada em Kuala Lumpur, na Malásia. Segundo Trump, a conversa abordará as tarifas de até 50% aplicadas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, mas qualquer revisão dependerá das “condições corretas” e de garantias de equilíbrio econômico.
Tarifas bilaterais em debate
As medidas comerciais norte-americanas têm sido motivo de preocupação entre exportadores brasileiros. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria, as restrições reduziram em mais de 28% as vendas externas de aço, carne e derivados do agronegócio em 2025.
Lula busca entendimento e equilíbrio
Lula pretende utilizar o encontro como oportunidade para “restabelecer a confiança” entre os dois países. O governo brasileiro espera negociar reduções graduais das tarifas e abrir caminho para um novo acordo de cooperação comercial e tecnológica.
Trump fala em “negócios justos e recíprocos”
Durante entrevista à imprensa americana, Trump afirmou que não se opõe a revisões tarifárias, mas quer “garantias de que o comércio entre Brasil e EUA seja justo e recíproco”. Ele destacou que “a prosperidade deve ser construída sobre a confiança e não sobre dependência econômica”.
Expectativas diplomáticas em alta
O encontro entre os dois líderes ocorre em um momento de retomada do diálogo entre Brasília e Washington, após anos de tensões comerciais. Fontes do Itamaraty afirmam que a comitiva brasileira vê o evento como chance de reposicionar o país no cenário global.
Parceria tecnológica e ambiental
Além das tarifas, os presidentes devem tratar de temas como energia limpa, tecnologia de ponta e preservação ambiental. O Brasil busca apoio norte-americano para avançar em projetos sustentáveis e ampliar a exportação de biocombustíveis.
Repercussão internacional
Analistas veem o encontro como sinal positivo para o mercado global. “A aproximação entre Brasil e Estados Unidos reduz incertezas e pode fortalecer cadeias produtivas estratégicas”, avaliou o economista norte-americano Robert Kaplan ao jornal Financial Times.
Impactos para o setor produtivo
Uma eventual redução tarifária pode beneficiar exportadores e atrair novos investimentos ao país. Já uma negociação prolongada pode manter a pressão sobre os preços internos e dificultar a competitividade brasileira no exterior.
Olhar voltado para a ASEAN
A presença de Lula e Trump na cúpula da ASEAN marca um momento de reaproximação entre o Ocidente e a Ásia. O evento, que reúne líderes de 18 países, deve reforçar a importância do diálogo multilateral e da cooperação econômica global.
Fontes: BBC Brasil, CNI, Financial Times, Itamaraty.
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