Relatório mostra que Pequim consolidou liderança global com inovação tecnológica, exportações recordes e alianças estratégicas
Thomas Peter-Pool/Getty Images
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De acordo com um relatório publicado nesta sexta-feira (25) pela revista The Economist, a China superou os Estados Unidos na chamada guerra comercial iniciada em 2018. O estudo indica que o país asiático conseguiu não apenas resistir às sanções impostas por Washington, mas também expandir sua influência global, alcançando avanços expressivos em inovação, energia e indústria de ponta.
China transformou sanções em vantagem estratégica
A publicação afirma que as retaliações chinesas foram conduzidas com “precisão e planejamento”, transformando tarifas e embargos em oportunidades de expansão. Pequim diversificou mercados, firmou novos acordos de exportação e fortaleceu parcerias com países emergentes, especialmente na Ásia, África e América Latina.
Exportações e acordos impulsionam crescimento
Entre 2019 e 2024, as exportações chinesas aumentaram 38%, enquanto os Estados Unidos avançaram apenas 12%. Durante o mesmo período, a China assinou mais de 20 acordos de livre comércio e ampliou sua presença em setores estratégicos, como semicondutores, carros elétricos e energias renováveis.
Tecnologia é o principal motor da ascensão chinesa
Empresas como Huawei, BYD e CATL lideram o mercado global em telecomunicações, veículos elétricos e baterias de lítio. O relatório destaca que a China investe cerca de 3,2% do PIB em pesquisa e desenvolvimento, o dobro da média mundial, consolidando-se como potência tecnológica.
Estados Unidos enfrentam perda de competitividade
Segundo a The Economist, as políticas de restrição de exportações e sanções impostas pelos EUA acabaram impulsionando a autossuficiência da China. “O bloqueio tecnológico se transformou em combustível para a inovação chinesa”, afirma o relatório, destacando que o yuan digital vem ganhando espaço em transações comerciais internacionais.
Blocos econômicos fortalecem influência de Pequim
O fortalecimento dos BRICS+ e o avanço de iniciativas como a Nova Rota da Seda consolidaram a presença da China como principal financiadora de infraestrutura no mundo. Com isso, o país passou a ditar tendências e padrões comerciais antes dominados pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
Economistas veem reconfiguração global
Para a analista da Bloomberg, Jing Xu, “a disputa comercial deixou de ser apenas uma guerra de tarifas e se transformou em um confronto de modelos econômicos”. Ela afirma que o poder chinês agora se baseia em inovação e diplomacia econômica, e não apenas em volume de produção.
Pequim celebra posição e fala em equilíbrio global
Em resposta ao relatório, o Ministério do Comércio da China afirmou que o país “defende uma ordem econômica multipolar e equilibrada”. O governo chinês reforçou que continuará ampliando investimentos em energia limpa, inteligência artificial e tecnologia de ponta para manter sua vantagem competitiva.
Fontes: The Economist (https://www.economist.com), Bloomberg (https://www.bloomberg.com), Reuters (https://www.reuters.com)
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