Estudo do BNDES e novos investimentos da Petrobras apontam avanço em sustentabilidade e competitividade global
Brasil acelera a modernização de estaleiros e navios, investindo em combustíveis renováveis e tecnologias de baixo carbono para atender às novas metas climáticas globais (Foto: Divulgação )
Brasil acelera a modernização de estaleiros e navios, investindo em combustíveis renováveis e tecnologias de baixo carbono para atender às novas metas climáticas globais (Foto: Divulgação )
O setor naval brasileiro vive um momento de transformação. De acordo com um relatório divulgado nesta sexta-feira (25) pelo BNDES, o país avança de forma consistente na substituição de combustíveis fósseis por biocombustíveis e fontes renováveis, preparando sua frota e infraestrutura portuária para atender metas internacionais de descarbonização.
Investimentos bilionários até 2030
O BNDES estima que os investimentos públicos e privados no segmento devem ultrapassar R$ 40 bilhões nos próximos cinco anos. O foco é o desenvolvimento de tecnologias para o uso de biodiesel marítimo, hidrogênio verde e gás natural liquefeito (GNL), considerados pilares da transição energética no transporte marítimo.
Petrobras testa novas soluções energéticas
A Petrobras anunciou a expansão de seus projetos de combustíveis de baixo carbono. A estatal já realiza testes com biodiesel marítimo e com GNL em navios de apoio logístico, em parceria com empresas nacionais e estrangeiras. “O Brasil tem potencial para ser líder em energia limpa também no mar”, afirmou Maurício Tolmasquim, diretor de Transição Energética da companhia.
Portos adotam práticas sustentáveis
Os principais portos brasileiros — entre eles Santos, Suape e Paranaguá — estão implementando sistemas de energia solar, captação de água da chuva e uso de veículos elétricos nas operações diárias. As medidas buscam adequar o país aos padrões internacionais da Organização Marítima Internacional (OMI).
Políticas públicas fortalecem o movimento
O Ministério de Portos e Aeroportos, em conjunto com o Ministério de Minas e Energia, lançou programas voltados à modernização das embarcações e à redução de emissões. O Plano Nacional de Hidrogênio e o Programa Combustível do Futuro estão entre as iniciativas que sustentam essa transição.
Brasil assume protagonismo regional
Com uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, o Brasil desponta como líder da descarbonização naval na América do Sul. O país também se destaca na exportação de biocombustíveis e na formação de parcerias tecnológicas com a União Europeia e países asiáticos.
Setor privado amplia adesão
Empresas como Maersk, Wilson Sons e OceanPact já anunciaram planos de conversão de frota para operar com metanol verde e biometano. Essas iniciativas devem reduzir em até 70% as emissões de gases de efeito estufa em rotas nacionais até 2035.
Geração de empregos e novos mercados
O BNDES calcula que a transição energética do setor naval poderá gerar cerca de 100 mil empregos até 2030 e movimentar cadeias produtivas de aço, engenharia naval, biotecnologia e energia. O movimento consolida o Brasil como centro de inovação marítima sustentável.
Fontes: BNDES (https://www.bndes.gov.br), Petrobras (https://petrobras.com.br), Agência Brasil (https://agenciabrasil.ebc.com.br)
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