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Brasil é excluído pela ONU da Cúpula do Clima

O desprezo pelo meio ambiente manifesto pelo governo de Jair Bolsonaro, que repercute em todo o mundo, já provoca prejuízos econômicos, com a suspensão de importações por empresas estrangeiras, mas também políticos. O Brasil foi cortado da lista de países que vão discursar na cúpula do clima da Organização das Nações Unidas, que acontece na próxima segunda-feira (23) em Nova Iorque.

Foto divulgação da ONU: Brasil excluído de debate



E o motivo dá bem a dimensão do quanto o governo Bolsonaro despreza o tema que é dos mais sensíveis do momento:

- O Brasil não apresentou nenhum plano para aumentar o compromisso com o clima - disse Luis Alfonso de Alba, da Secretaria-Geral da ONU.

Segundo ele, a ONU pediu que os países enviassem um plano para aumentar a ambição dos compromissos climáticos e, com base nos documentos que recebeu, selecionou quais países teriam discursos inspiradores. O Brasil, que até há alguns anos era uma das lideranças no tema, passou a ser visto como desprezo.

Igualmente despreparados e distantes dos novos tempos onde prepondera a preocupação ambiental, também devem ser vetados Estados Unidos, Arábia Saudita, Japão, Austrália e Coreia do Sul. A lista final de discursos tem 63 países, incluindo França e Reino Unido.

O peso da ausência do Brasil neste grupo é que o país é dentre as grandes nações uma das mais dependentes política e economicamente e se tornaria ainda mais sensível em caso de banimento de importações - como recentemente aconteceu com a carne exportada para a Finlândia.

Cúpula do Clima

Estrategicamente agendada para a véspera da Assembleia-Geral da ONU, que começa na terça (25), a cúpula do clima foi convocada pelo secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, com objetivo de encorajar a ambição política dos países, em uma conversa direta com os chefes de Estado.

As contribuições anunciadas pelos países na assinatura do Acordo de Paris, em 2015, não são suficientes para conter o aumento da temperatura média do planeta abaixo de 2ºC. As metas devem ser revistas entre 2020 e 2023.

No entanto, acontecimentos de proporção internacional, como o aumento de eventos climáticos extremos e as queimadas na Amazônia, pressionam para um adiantamento da discussão, que já deve começar na COP do Clima deste ano, no Chile.
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