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Doleira da Lava Jato ficou sem água e comida em cela para fazer delação contra Lula

A doleira Nelma Kodama, primeira presa pela operação Lava Jato, contou, em entrevista ao Pânico nesta quarta-feira (7), que ficou “alguns dias” sem água e comida na cela. Segundo ela, isso aconteceu porque a Polícia Federal queria que ela fizesse uma delação premiada.




“Eu fiquei sem água e sem comida durante alguns dias. Era uma cela sem luz com um colchão cheirando a xixi. Eu não podia comer, não podia nada, não tinha direito a banho de sol”, disse Kodama.

"O Lula era o assunto. Eu não sou PT, não estou falando sobre política e sim sobre crime. Todo crime precisa ter prova e não houve prova. Cadê o cadáver? Então, qual foi o objetivo? (da prisão)”, afirmou a doleira Nelma Kodama, que já está em liberdade.

Nelma Kodama afirmou que a Operação Lava Jato pressionava os presos para citar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A prisão do ex-presidente teve como pivô a delação do empreiteiro Léo Pinheiro da OAS. Como mostram conversas divulgadas em reportagem da Folha sobre a Vaza Jato, Pinheiro precisou mudar versão para incriminar Lula duas vezes para ser aceito como delator.

Nelma, ex-amante do doleiro Alberto Youssef, acabou se tornando delatora e fez um acordo com a Justiça. 

Condenada por Sergio Moro, em 2014, a 18 anos de prisão por corrupção, evasão de divisas e organização criminosa, Nelma Kodama afirmou que não se arrepende do que fez. “Eu não me arrependo de nada na minha vida, não adianta a gente olhar para trás”, afirmou.



Nelma já está livre, e rica. Em prisão domiciliar, a Justiça Federal autorizou que a doleira retire a tornozeleira eletrônica. A decisão do juiz Danilo Pereira Júnior, da 12ª Vara Federal, em Curitiba, é desta terça-feira (6).

Conforme a decisão, a autorização para retirar a tornozeleira se deu com base no indulto natalino editado pelo ex-presidente Michel Temer, em dezembro de 2017. A norma prevê o cumprimento de um quinto da pena para não reincidentes.

A decisão diz que a própria doleira pode fazer a retirada da tornozeleira - usada por Nelma desde junho de 2016. Ela tem prazo de cinco dias para entregar o equipamento à Justiça Federal. A doleira também precisará pagar R$ 8,9 mil - custo do uso da tornozeleira.

Ela ainda tem outros 15 inquéritos, mas explicou que o acordo de delação premiada que firmou com a Justiça garante que não será condenada em nenhum deles. “Não serei condenada nesses inquéritos, mas tenho que colaborar com a justiça sempre que for convocada”, disse.



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